Javier de la Cuerda, CEO da Enimbos, explica nesta entrevista com a imprensa portuguesa IT Insight porque é que Portugal é um dos HUBs tecnológicos mais interessantes neste momento? Sem dúvida, este mercado é uma das pedras angulares da nossa empresa.
- A Enimbos começou em Portugal em Janeiro de 2019 e aí abriu um segundo escritório. Como é hoje a sua atividade e quais são as suas expectativas para o mercado português?
A incursão da Enimbos no mercado português deve-se a uma primeira análise do mercado, onde nos apercebemos que era o momento perfeito para entrar, uma vez que não existiam empresas especializadas em Cloud em Portugal. Devido à nossa experiência e a todas as certificações na Cloud que a empresa tinha e tem, estávamos numa posição muito boa para crescer no mercado português e posicionarmo-nos como uma empresa líder na prestação de serviços de Cloud Computing.
Durante o primeiro ano em Portugal, a Enimbos analisou em profundidade o mercado, detetando todas as oportunidades apresentadas pelas empresas portuguesas para as ajudar nos seus processos de transformação digital para a Cloud; enquanto no segundo ano, conseguimos fechar contratos com as empresas mais importantes do país, atingindo um crescimento de 65% em relação ao ano anterior. Além disso, o nosso objetivo é oferecer uma cobertura muito mais consistente aos clientes que têm a sua empresa sediada em Portugal; mas devemos salientar que os serviços de Cloud Computing são serviços remotos, pelo que podemos facilmente apoiar um cliente localizado em qualquer parte do mundo
- Abriram um segundo escritório em Aveiro. Porquê? Qualquer ligação com a Universidade ou comunidade académica?
O novo escritório da Enimbos está localizado no Centro Tecnológico do PCI Creative Science Park, em Aveiro. Antes de tomarmos esta decisão, fizemos uma análise de oito cidades portuguesas e respetivas universidades, chegando à conclusão de que Aveiro era a cidade com melhores condições de acesso ao ecossistema universitário e tecnológico e empresarial. A Universidade de Aveiro é atualmente uma das principais universidades em Portugal, estando entre as três mais destacadas.
Em Espanha estamos habituados a fechar acordos de colaboração com universidades, e pretendemos continuar com este modelo em Portugal. Neste sentido, mais de 60% da equipa é constituída por pessoas que entraram para a empresa através de uma bolsa de estudo e estágios, e que subsequentemente assinaram connosco um contrato de trabalho. Sem dúvida, podemos dizer que na Enimbos estamos empenhados em oferecer um trabalho de qualidade e uma saída profissional.
- Qual era o cenário da ado0ção da Cloud quando chegaram a Portugal e como descreveria a evolução desde então?
Quando entrámos no mercado português, as empresas tiveram uma baixa adoção de ambientes de Cloud, mas o mercado evoluiu e está agora em constante crescimento tecnológico, registando um aumento de 35% na nossa carteira de clientes em Portugal. Além disso, é de notar que neste momento as empresas estão principalmente concentradas em ambientes multi-Cloud e híbridos. Portugal é um país em enorme crescimento tecnológico e isto é demonstrado pelo facto de ser considerado um dos principais HUB tecnológicos a nível europeu, o que nos permitiu apresentar ofertas e serviços a grandes multinacionais, confiando que a nossa presença neste país servirá para impulsionar o processo de transformação digital em direção à Cloud.
- Como descreve a mentalidade das empresas relativamente à digitalização em Portugal?
Já havia um caminho claro para a digitalização, mas a COVID-19 empurrou-a completamente, antecipando-a em 3 a 5 anos ao ritmo de implementação planeado. As empresas que já tinham ambientes de Cloud no início da pandemia tiveram de lidar com muito menos problemas e têm sido muito mais ágeis e adaptáveis. É também verdade que graças a este aumento do ritmo de digitalização, a procura de serviços na Cloud aumentou consideravelmente, permitindo-nos apresentar mais 60% de ofertas aos clientes, o que também significa um aumento de 44% nos serviços operacionais na Cloud para clientes em Portugal.
- As certificações são um dos cartões de visita, se não o mais importante. De que forma afeta a eficácia dos seus serviços?
De facto, estamos conscientes da importância das certificações, pelo que a Enimbos está constantemente a trabalhar na formação dos seus profissionais para que estes tenham a melhor preparação. A Enimbos está entre as sete empresas da UE com mais certificações na AWS e entre as oito empresas da UE com mais certificações na Microsoft Azure. Prova disso é que mantemos os mais altos níveis de parcerias com as principais plataformas de Cloud pública (na AWS somos Premier Consulting Partner, e na Microsoft somos Azure Expert MSP), e temos mais de 270 certificações de equipas em ambientes de Cloud pública (130 na AWS, 100 na Azure, 50 na Oracle e 20 na Google).
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